quarta-feira, janeiro 28, 2004

Dedo na ferida

O desparecimento de Féher fez enaltecer sentimentos que estavam adormecidos, para não dizer desaparecidos. Para começar gostava de realçar o espírito de grupo na equipa do Benfica, desde o Tiago que com a sua juventude comoveu todo um país, ao Argel que despiu toda a sua dureza e revelou todo o seu carinho pelo companheiro. Também gostava de enaltecer o humanismo de Dias da Cunha e toda a direcção do Sporting que tiveram a humildade de esquecer as rivalidades clubísticas para homenagear o desaparecido Miki. Mas o troféu Otário d'Ouro vai ser entregue à GENEROSIDADE de José Mourinho, pois ele afirmou que: "trocava a vida de Féher por uma vitória." Meu caro Mourinho, este gesto de generosidade é sem dúvida alguma, um gesto ao nível de um grande homem, dum padre, dum papa ou mesmo de um santo, mas nós não queremos que o melhor treinador da Europa perca um jogo só para poupar a vida de um simples jogador do Benfica... mas fica o reconhecimento.©
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Adeus Féher

Miki, antes de mais deixa-me dizer que sempre vi em ti um exemplo de determinação, empenho e carácter e foi isso mesmo que demonstraste na hora da despedida, naquele fatídico dia 25 de Janeiro, como que sabendo o que iría acontecer deste-nos um sorriso que nunca mais esqueceremos. Não vou chorar mais a tua morte, em vez disso vou desejar que encontres aí no céu a compensação por tudo aquilo que fizeste aqui... e já agora que sejas o melhor marcador da Liga Celestial. Até sempre Miki...©
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terça-feira, janeiro 06, 2004

Uma pitada de cultura

Par não pensarem que sou uma besta que não tem cultura nenhuma, fiquem sabendo que sou uma besta, sim senhor, mas com muita cultura. Para comprovar isso mesmo aqui vai; a maior palavra do dicionário português é: "PNEUMOULTRAMICROSCOPICOSSILICOVULCANOCONIÓTICO" (46LETRAS), que descreve o estado de quem é acometido de uma doença rara provocado pela aspiração de cinzas vulcânicas. Ora toma e "imbrulha".©
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País cínico

1. A jornalista Maria João Ruela foi, por indicação da sua entidade patronal, para o Iraque fazer uma reportagem sobre um país em guerra. A jornalista Maria João Ruela e sua entidade patronal, sabem que nas guerras existem probabilidades, um pouco mais 'prováveis' de acontecer, de se ser ferido, morto ou assaltado, do que se estiver a fazer uma reportagem sobre a desaparecimento das urgências de pediatria no Hospital de Santa Maria. A jornalista Maria João Ruela foi ferida e assaltada enquanto exercia o seu trabalho de jornalista para a sua entidade patronal. A jornalista Maria João Ruela foi evacuada para o Kuweit, onde foi assistida num hospital local. A jornalista Maria João Ruela foi re-evacuada de um hospital no kuweit para um hospital em Portugal. Para tal foi enviado um avião do INEM, de propósito, ao hospital do Kuweit para a trazer para um hospital em Portugal. 2. Se o pedreiro José Maria Pincel se ferir num acidente de trabalho em Angola (onde a assistência médica está longe de ser igual á do Kuweit......) o INEM vai mandar um avião? Se o pescador Luis Pisco se ferir na pesca do bacalhau na terra nova, o INEM vai mandar um avião á Gronelândia? Se uma criança de Odivelas necessitar de atendimento urgente no hospital D. Estefânia, que está numa zona de difícil acesso rodoviário, num dia de greve dos transportes o INEM vai enviar um avião a Odivelas? Se tu, que pagas os mesmo impostos que a jornalista Maria João Ruela (que foi para o Iraque trabalhar, como tu vais para o trabalho todos os dias) tiveres um acidente de trabalho, o INEM vai-te buscar de avião? 3. O jornalismo português que é tão zeloso quando se gasta o dinheiro dos contribuintes.... agora está calado????? O jornalismo português tão ávido de sangue quando se trata de matar o nome que qualquer cidadão distraído..... agora está calado? O jornalismo português que conseguiu a proeza de mandar um batalhão de jornalistas que só conseguiam fazer reportagem ... sobre os outros jornalistas.... agora não escreve sobre esta jornalista? O jornalismo português que tanto gosta da concorrência entre si ... agora está todo de acordo? O jornalismo português, que já tinha inventado a forma peculiar de dar notícias ao estilo: "morreram 3 pessoas e 1 jornalista", agora tem uma razão para se sentir realizado: os jornalistas, de facto, não são pessoas (pelo menos pessoas como os outros humildes mortais...) 4. Seria bom que o governo português que justificou o fecho da urgência pediátrica de Santa Maria (por sinal o hospital com o melhor serviço de pediatria e neo-natalidade de Lisboa) por razões económicas, tivesse utilizado aquele dinheiro para manter o serviço aberto e deixasse a jornalista Maria João Ruela se restabelecer no hospital do Kuweit e viesse para Portugal, num avião comercial, depois de restabelecida..... A saúde das nossas crianças ficaria agradecida....
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